Cara x Cara (Netflix): os dois Paul Rudds tentaram, mas não conseguiram | PodPOP em TEXTO #58

Cara x Cara, a nova série da Netflix estrelada por Paul Rudd, tem ótimas ideias mas nem mesmo a grande atuação do nosso Homem-Formiga salva o roteiro ruim.

Por Igor Sarilho

A nova série (ou minissérie) da Netflix conta a história de Miles Elliot, um homem que está em uma fase ruim na vida social e profissional e acha uma “saída” para isso em um spa.
Mas esse spa não é o que parece ser e ele acaba sendo clonado.

Com essa premissa, Cara x Cara consegue trazer uma história muito criativa em seus 8 episódios, porém, o roteiro não se sustenta e a série deixa a desejar.

O GRANDE PROBLEMA

A trama da série começa muito bem, com a construção dos personagens sendo muito bem feita e a história se conectando de uma maneira bem original.

Cara x Cara acerta ao dividir os episódios entre as visões dos personagens principais, com um episódio sendo a visão do Miles original sobre a trama e outro sendo a visão do clone.

Mas, com a chegada dos grandes conflitos da história, a trama vai perdendo sua força inicial.

Isso acontece, principalmente, pelo fato do roteiro resolver todos os problemas rapidamente e com soluções fáceis. Ele trata a história como uma comédia besta, mas não é isso que ela realmente é.

Durante toda a trama de Cara x Cara, vemos muitos pontos interessantes sobre o drama que cada um dos personagens está vivendo por conta da clonagem e todos eles são tratados sem o uso da comédia.

A série te faz dar risada em pouquíssimos momentos, por ser construída como uma história dramática.

Só que, chegando na reta final, todos esses pontos são, ou esquecidos, ou resolvidos de forma cômica, quebrando o tom que Cara x Cara tinha até alí.

Esse problema faz com que a gente termine a série achando ela desnecessária, sentindo que o tempo que passamos alí foi perdido.

PAUL RUDD É A SALVAÇÃO

Mesmo com o roteiro ruim, a direção e a montagem de Cara x Cara são realmente boas, sabendo construir bem as diferenças e similaridades entre os dois Miles.

Mas, o ponto mais alto da série é a atuação do nosso querido Homem-Formiga: Paul Rudd.

O ator consegue diferenciar bem o Miles original do clone, fazendo a gente acreditar que um realmente não é o outro.

A postura do clone é diferente da postura do original, as vozes são diferentes e os trejeitos também.

Rudd demonstra muito bem o que esses dois homens estão passando e como cada um lida com a trama de maneira diferente, mesmo tendo o mesmo DNA.

O ator é quem motiva você a terminar de assistir Cara x Cara.

Por conta do carisma natural de Rudd, você termina a série gostando dos dois Miles, mesmo depois de todos os problemas que cada um demonstrou ter. O jeito amigável e simpático do ator é acrescentado na personalidade dos dois personagens automaticamente.

Agora, será que teremos uma segunda temporada?

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