Missa da meia-noite é a mais nova minissérie do mesmo criador de A Maldição da Residência Hill e a A Maldição da Mansão Bly
Por Willians Glauber
Criada e roteirizada por Mike Flanagan, mesmo criador de A Maldição da Residência Hill e A Maldição da Mansão Bly, Missa da Meia-noite é uma minissérie que se propõe a muitas coisas, menos assustar você. Pois é, não é uma série de terror, ainda que haja algumas cenas aqui e acolá nas quais você vai dar aquela assustada básica.
Na história, somos levados a uma ilha isolada no meio do oceano chamada Crocket Island e nela passamos a conhecer os moradores. Mas descobrimos isso graças ao personagem Riley Flynn, que acaba cometendo um crime e sai da cadeia de volta para casa, a ilha.
Uma vez lá, nós somos apresentados a mais novo padre substituto do velho Monsenhor Pruitt e a partir disso coisas um tanto milagrosas, digamos assim, começam a acontecer no lugar.
Ao contrário do que o trailer acabou dando a entender, a minissérie não se propõe a elaborar uma trama que vá trazer fatos e cenas meramente assustadores para conduzir a história.
Diferente disso, ela se dispõe a discutir fanatismo religioso, o que seria propósito de vida, como lidar com a morte a partir de diferentes aspectos, as motivações que nos levam a agir de determinadas formas ao longo da vida e as consequências das nossas escolhas.
Os diálogos carregados de citações bíblicas, elaboram reflexões bastante profundas sobre os temas que listei ali em cima. Apesar de um dos protagonistas não trazer à tona tanta empatia quanto deveria, as atuações ajudam a elevar a qualidade do texto, que é bem denso.
Para muitos, talvez a série pareça arrastada, com uma densidade até exagerada, já para outros ela vai se mostrar como uma obra capaz de trazer ótimos questionamentos e respostas à tona.
Missa da meia-noite é muito mais do que uma minissérie de terror.
