Abracadabra permeou o imaginário de muitas crianças na década de 1990, eu entre elas, e é um longa gostoso de se ver, originalíssimo e cheio de características que a gente tanto ama nos filmes da Disney…

Por Willians Glauber

O que acontece quando você coloca uma pitada de magia e bruxaria, música, vilãs como protagonistas, crianças em perigo, música e Bette Midler no mesmo caldeirão? ABRACADABRA! Clássicão que precisa ser enaltecido.

O filme, que em inglês ganhou o título de Hocus Pocus, tem no elenco o ícone da música e do cinema, Bette Midler (que por sinal está prestes a retornar aos holofotes pelas mãos de Ryan Murphy, na série original Netflix The Politician).

A ela se junta um nome que anos depois seria conhecido por todas as mulheres ligadas em comportamento feminino, feminismo e moda: Sarah Jessica Parker, mundialmente famosa por protagonizar a série Sex and The City.

Outro rosto familiar que a gente tem em Abracadabra é o da atriz Kathy Najimy, que ficou conhecida por seu papel inesquecível em Mudança de Hábito, como a irmã Mary. Que, coincidentemente ou não, também é o nome de sua personagem em Abracadabra.

Na história, as irmãs Sanderson: Winifred, Sarah e Mary, um trio diabólico de bruxas executadas no século 17, são acordadas por um adolescente cético que acaba de se mudar para Salém. Uma vez despertadas de um sono secular, elas precisam sugar a energia vital de crianças para recuperar sua juventude.

O trio bruxuleante
As três atrizes entregam particularidades irresistíveis às personagens, que têm características, trejeitos, expressões e visuais muito emblemáticos e únicos.

A química das três em cena é deliciosa de se assistir, com interações típicas de irmãs que convivem há muito tempo.

Mitologia própria e originalidade
A maneira como eles amarram clichês de universos mágicos e bruxos de uma maneira lúdica, engraçada e que prende os espectadores na história é rara de se encontrar hoje em dia nos filmes do gênero.

O roteiro não é pretensioso, se mantém simples, mas instigante, construindo a história de protagonistas nada ortodoxas.

Os toques de fantasia fazem com que, quem assista, queira ajudar as crianças a resolverem os mistérios e acabar com a maldade dessas bruxas.

A motivação delas é bastante crível, e até compreensível, e sua relação com a modernidade do século 20 é hilária, dando muito ingrediente para cenas icônicas e imperdíveis.

Magia musical
Como não poderia faltar em um filme Disney, há música sim, tanto original quanto clássica, que ajudam a construir muito bem a história. O mais interessante, é que elas não ficam soltas, perdidas, sabe? Parecendo ser algo colocado à força na trama.

As escolhas e os números musicais ajudam a conduzir a história e interferem na trajetória dos personagens.

Curiosidades e bastidores
Em entrevista, Bette Midler disse que esse foi seu filme favorito de se trabalhar.

O roteiro para o longa-metragem foi adquirido pela Disney em 1984 e o projeto só conseguiu sair do papel em 1993. A ideia inicial era que a produção fosse bem mais assustadora e dark.

Leonardo DiCaprio recusou o papel de um dos protagonistas para participar do filme Gilbert Grape: Aprendiz de Sonhador (1993).

Em uma das cenas, a personagem de Sarah Jessica Parker come uma aranha: sim, ela comeu uma de verdade!

Jennifer Lopez fez audição para o papel que acabou ficando com a Sarah.

Confira uma das cenas mais icônicas de Abracadabra e mate saudade desse clássico da fantasia. e se você ainda não viu, eis um gostinho do que está perdendo: