A quinta temporada de Black Mirror estreou e, com apenas 3 episódios, tentou trazer algo novo para a série.
Por Igor Sarilho
Depois de uma quarta temporada com diversas críticas negativas, o criador e roteirista Charlie Brooker decidiu levar Black Mirror para outros rumos com o filme interativo Bandersnatch, e agora com a criação de três episódios com gêneros diferentes e atores muito conhecidos do público geral.
OUÇA NOSSO PODCAST SOBRE O ESPECIAL BANDERSNATCH.
Uma boa escolha para não deixar a série morrer na mesmice e trazer mais para público? Vamos ver!
STRIKING VIPERS
O primeiro episódio da temporada é um episódio de ficção científica, isso não temos dúvidas!
Striking Vipers traz de volta algumas tecnologias e conceitos já usados em outros episódios da série.
E as utiliza para contar a história de dois amigos, Danny (Anthony Mackie) e Karl (Yaha Abdul-Mateen ll), a ligação entre os dois durante suas vidas e a mudança que um jogo de inteligência artificial traz para eles.
O episódio traz outro rosto famoso no elenco, Pom Klementieff (a Mantis de Guardiões da Galáxia) como uma das lutadoras do jogo de videogame mostrado no episódio, e Striking Vipers chama muito a atenção por ter sido gravado na cidade de São Paulo.
Vipers foca na ficção científica mas não foge da crítica social, que é a marca registrada de Black Mirror.
O episódio é o melhor da temporada por ter uma história muito bem construída, com a relação dos personagens sendo bem mostrada e os atores entregando uma alta qualidade de atuação!
SMITHEREENS
Com esse episódio, Charlie Brooker decidiu ir para o gênero de suspense, e, novamente, acertou muito bem na escolha!
Smithereens conta a história de Andrew Scott (Chris Gillhaney), que está procurando se vingar de uma empresa dona de uma rede social muito famosa mundialmente, a Smithereens.
Andrew decide sequestrar um dos funcionários dessa empresa e, com isso, a história vai nos mostrando o objetivo e a motivação do personagem principal.
Mesmo não contendo rostos muito conhecidos (só o principal, que fez Sherlock, e o ator Billy Bauer, conhecido por The 70’s Show), o episódio chama atenção por sua crítica social pesada e a identificação que causa em quem está assistindo, principalmente pelo fato da rede social ser muito parecida com o Facebook ou Google.
Mesmo tendo um ritmo um pouco mais parado quando comparado com Striking Vipers, o segundo episódio de Black Mirror utiliza o suspense policial de uma maneira muito boa, nos mostrando a história de Andrew de acordo com o caminho tomado pelo sequestro.
Isso ajuda quem está assistindo a ficar mais interessado e faz de Smithereens outro ótimo episódio da quinta temporada!
RACHEL, JACK AND ASHLEY TOO
O último episódio da temporada segue muito o gênero de filme teen, e isso faz com que o tom da série se perca um pouco.
Rachel, Jack e Ashley Too mostra, simultaneamente, a vida de Ashley O (Miley Cyrus), e sua carreira de cantora dominada por sua tia; e Rachel (Angourie Rice), uma grande fã da cantora.
Mais uma vez Black Mirror aposta e rostos conhecidos para trazer um público maior, mas, nesse episódio, a trama e o tom prejudicam o peso da história contada e o distanciam da sua crítica social que é a marca da série.
As atuações de todas as atrizes são muito boas, mas o tom cômico deste episódio acaba deixando toda a história dramática e os problemas das personagens um pouco banais no final. A comédia tira o peso das consequências e deixa o episódio meio bobo.
O gênero escolhido aqui não ajudou Rachel, Jack and Ashley Too nem um pouco e fez esse ser um dos piores episódios já feitos por Black Mirror.
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