Essa pandemia está colocando todos os envolvidos na cultura pop, da produção à divulgação, de cabelos em pé. Mas, é possível que haja aí boas oportunidades de se repensar o modus operandi do entretenimento
Por Willians Glauber
Sim, as coisas mudaram. Nada, absolutamente nada será igual no mundo pós pandemia. E como o intuito aqui é lançar luz sobre a cultura pop e geek, nossa tão amadinha produtora de obras maravilhosas (e outras nem tanto assim), cabe analisarmos o que é passível de se acontecer num futuro próximo.
Acredito que um dos pontos essenciais seja a diminuição da janela entre os lançamentos nos cinemas e nos serviços de streaming ou as vendas de versões digitais dos filmes.
E foquemos nas produções mais comerciais, ok? Porque os produtores de longas independentes já se alinham de uma maneira a não depender úncia e exclusivamente da venda de ingressos para se pagarem.
Com iniciativas recentes de disponibilização digital de títulos, que estavam em cartaz nos cinemas pouco tempo antes de todo o confinamento mundial, já é possível ter um termômetro de como as coisas podem mudar.
O avanço da tecnologia permite que a mesma versão passada nas telonas, seja facilmente adaptada ao formato das telinhas. Portanto, conclui-se que não haja outro motivo, que não o de arrecadar mais lucros sobre a venda de ingressos, para o delay entre o lançamento em uma mídia e na outra.
Possivelmente, esse intervalo levará muito menos tempo e os serviços de streaming começarão uma corrida para disponibilizar o quanto antes os filmes recém-saídos dos cinemas.
O que pode dar aos streamings a carta na manga que precisam na hora de garantir mais e mais assinaturas de seus serviços, bem como a fidelidade dos já assinantes.
Outro ponto importante é o seguinte: cada vez mais teremos apenas dois perfis de filmes nos cinemas.
Um deles serão os que demandam da tecnologia de alta resolução de som, imagem, efeitos e todos os aparatos, para se criar uma experiência do assistir a um filme nos cinemas.
O discurso recente da diretora Patty Jenkings corrobora nisso. Quando ela anunciou uma nova data de lançamento de Mulher Maravilha 1984, frisou que o longa havia sido pensado como algo para ser experienciado diante das telonas.
E o outro perfil de filmes serão os que necessitam de certo tempo em cartaz, em determinada quantidade de salas de cinema, para ser elegível à premiação do Oscar. Uma movimentação à qual a Netflix já está aderindo para emplacar seus títulos na lista de indicados.
Mas é capaz que até as exigências para se concorrer ao Oscar tenham que ser revistas.
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