Super Drags finalmente estreou e o resultado de unir três gays bafônicas, pintosas e arretadas pra combater o crime não poderia ter sido mais maravilhoso!
Por Willians Glauber
“VRÁ, SE LASCAAAAAAAR!”
É com frases de efeito como essa, que as heroínas protagonistas de Super Drags atacam seus inimigos.
Donizete, Patrick e Ralph, são os homens gays por trás das drags Scarlet Carmesin, Lemon Chifon e Safira Cyan, respectivamente. Eles se transformam por meio de uma espécie de morfador mágico, ativado por seu GAYDAR.
A animação para adultos é recheada de referências ao universo LGBTQ, à cultura pop em geral e até mesmo às séries da própria Netflix.
Super Drags é o tipo de seriado que você coloca pra espairecer, dar boas risadas e rir um pouco de si mesmo (se você for gay como eu, claro).
Criada por Anderson Mahanski, Fernando Mendonça e Paulo Lescaut, a série animada original Netflix é 100% brasileira, da produtora carioca Combo Estúdio. Foram 3 anos de desenvolvimento para que se chegasse ao resultado final.
No elenco de dubladores estão Pabllo Vittar, como Goldiva; Silvetty Montilla, como Vedete Champagne; Fernando Mendonça, como Donizete/Scarlet Carmesin; Sérgio Cantú, como Patrick/ Lemon Chifon; Wagner Follare, como Ralph/Safira Cyan; Rapha Vélez como Lady Elza. E a inda a participação especial de Guilherme Briggs, um dos grandes nomes da dublagem brasileira, como Robertinho.
E sem mais delongas, vamos aos 5 motivos para você ver, rever e ver de novo Super Drags!
1 – Os dubladores que ficaram a cargo de dar vida às protagonistas Donizete/Scarlet , Patrick/Lemon e Ralph/Safira são h-i-l-á-r-i-o-s. Os trejeitos vocais e entonações próprias que eles empregam nas vozes de cada uma deixa o texto ainda mais engraçado.
E por consequência, como eles construíram tão bem as personagens principais, você se apaixona por todas elas logo de cara, assim que surgem na tela. Um dos grandes destaques é o Dozinete, uma bicha desbocada e que não leva desaforo pra casa.
A personagem da Vedete Champagne também é maravilhosa e quem a dubla é a maravilhosa da Silvetty Montilla, drag queen das antigas conhecidíssima no meio LGBTQ e das baladas gays (principalmente de São Paulo).
2 – Por falar em texto, os roteiristas não poderiam ter acertado mais ao criar tramas leves, bem-humoradas, feitas para rir e ao mesmo tempo abordar assuntos mais pesados. Com essa combinação, eles conseguem trazer à tona reflexões diante das situações pelas quais os protagonistas passam ao longo dos episódios.
O desenho não se coloca no papel de prestar nenhum serviço social, mas consegue chamar a atenção para inúmeros assuntos que incomodam a comunidade LGBTQ todos os dias: discriminação, preconceito, homofobia… O que aproxima ainda mais o público-alvo da série: homens e mulheres gays.
3 – A criatividade e o uso dos elementos da cultura pop não têm limites nessa série. Você vai encontrar referências de histórias da vida real, além de personalidades da nossa cultura nacional. Uma grande estrela da TV brasileira é homenageada em um dos episódios e sua participação é engraçadíssima.
Ainda falando de criar em cima de referências, você vai encontrar algumas fontes de inspiração para as heroínas, como Sailor Moon, Ru Paul Drag’s Race, Três Espiãs Demais, As Meninas Super Poderosas, Power Rangers e até mesmo As Panteras.
4 – A mitologia própria de Super Drgas, com características inerentes aos homossexuais, é de tirar o chapéu também. Na história, todos os gays têm o que na série chamam de Highlight, como se fosse a essência homossexual dentro de cada um deles.
Outra coisa que demais é como se dá os poderes do trio de drags Scarlet, Lemon e Safira.
5 – Embora tenha apenas cinco episódios, a série conseguiu criar para essa primeira temporada uma trama fechadinha e gostosa de ser vista. Além disso, cada personagem conseguiu seu destaque e trouxe para a produção elementos que juntos tornam a série um presente para todos que amam o universo LGBTQ.
E, agora, como é de praxe, vamos aos motivos que talvez façam você não gostar de Super Drags.
1 – Mesmo você sendo gay, caso não esteja familiarizado com as referências ao vocabulário e “clichês” do universo LGBTQ, talvez não ache tanta graça em algumas piadas.
Quem pensa que a série foi feita para agradar a todos os fãs de séries animadas para adultos, não se iluda. Não se engane, Super Drags levanta a bandeira gay sim e sua prioridade são as bichas e as sapas.
2 – As protagonistas são viadas escrachadas, femininas e se empoderam com boa parte dos estereótipos bichísticos. Portanto se você é do tipo que não vai com a cara das gays femininas. CAI FORA!
3 – Apesar de acompanharmos algumas situações da vida de cada personagem, a história de cama uma não é tão aprofundada. É possível que você ache elas um tanto superficial diante do que vemos ao longo dos episódios.
4 – Se você não curte coisas muito clichês, então Super Drags realmente não é sua série. Desde quando começa, você sabe exatamente o que vai acontecer com os mocinhos e as reviravoltas dos vilões. Ainda que o final seja super mega power surpreendente!
5 – Tá, confesso que tem algumas coisas que nem são tãããããão engraçadas assim.
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