A Vida Invisível é um daqueles filmes brasileiros que trazem à tona mensagens poderosas de superação, luta contra o status quo patriarcal e machista que ainda impera no Brasil
Por Maricota
Assisti A Vida Invisível, de Eurídice Gusmão, em um Dia Internacional da Mulher, escolha mais que sagaz do Festival de Cinema de Dublin.
Acompanhada de uma grande amiga, foi impossível não lembrar uma fala dela a mim: “Nasce uma mulher, nasce uma culpa”. Isso ficou dentro de mim, mesmo não tendo a mesma visão de mundo que a dela.
Independente, acredito que toda mulher conseguiria se identificar com a frase. Claro, existem fatores sociais, culturais e históricos que atrelam um peso maior em determinadas mulheres.
Confesso que assistir o filme me deixou extremamente movida e reflexiva, principalmente por enxergar comportamentos recorrentes em nossa sociedade ainda presentes nos dias de hoje.
Machismo, repressão e o incansável papel em casa, no qual a mulher já nasce fadada a cumprir.
Vida Invisível foi escrito por Martha Batalha e lindamente adaptado numa parceria entre Alemanha e Brasil, com produção de Rodrigo Teixeira.
Karim Ainouz (Madame Satã, Praia do Futuro) dirige e co-assina o roteiro, que conta a história das irmãs Eurídice e Guida no RJ dos anos 50.
Carol Duarte e Julia Stockler entregam duas assombrosas performance e ainda contamos com a participação da grandiosa Fernanda Montenegro.
As irmãs, gritantemente distintas em comportamento e personalidade, veem suas vidas mudar quando Guida decide fugir com um marinheiro grego.
Enquanto Guida busca viver um grande amor, Eurídice expressa seu grande sonho de se tornar uma pianista renomada. Jamais que uma mulher colocaria seus desejos acima dos de sua família.
Desencontros rompem o relacionamento das irmãs, porém maior que a distância, é o cruel comportamento dos homens em suas vidas.
Eurídice e Guida são engolidas pelo tempo, ficando invisíveis uma para a outra, mas principalmente para elas mesmas.
Vale ressaltar a emoção sentida ao ver o nome de meus primos, Gu e Gui Garbato, os GarbatoBros, nos créditos finais, compondo o departamento musical do filme representante brasileiro na Oscar deste ano.
A Vida Invisível mostra quão necessário é investir e resistir, dando cada vez mais espaço para o cinema nacional crescer.
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