Coraline, por Neil Gaiman, é uma história repleta de ótimas lições, além da escrita impecável e as características que marcam as obras do autor
Por Karla Kélvia
Eu sou completamente louca pelo Neil Gaiman. Pronto, vocês tinham que saber disso em primeiro lugar kkk.
Já li uma boa quantidade dos livros dele, nesse ano mesmo acabei de ler Deuses americanos, então, ler Coraline foi estar de volta a uma escrita que me é confortável, que me atinge nos lugares certos e me fascina.
Mesmo assim, o livro me surpreendeu, pois, apesar de ser fininho e para um público infanto-juvenil, o estilo Gaiman de misturar realidade com fantasia despertando certas doses de suspense e/ou terror está muito afiado.
Coraline Jones, a menina curiosa e audaz, protagonizou uma narrativa muito divertida.
Ela e seus pais se mudam para uma casa antiga que na atualidade forma quatro apartamentos, o dos fundos está vazio, os outros são ocupados por duas amigas velhinhas que já foram grandes atrizes do teatro e por um velhinho que treina seus ratos para um número musical.
Coraline gosta de “sair para explorar” o lado de fora, mas ali, no fim das férias, o que chama sua atenção é uma porta estranha localizada na sala principal da sua casa.
É essa a passagem para um mundo que espelha a realidade da garota (ou quase isso, ela irá descobrir), em que uma versão da mãe dela irá fazer de tudo para que a menina permaneça naquele mundo.
Adorei a personalidade independente da Coraline e um fator muito importante ressaltado na história: quando você tem medo, mas mesmo assim segue em frente, mostra qual é a verdadeira coragem.
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