Sim, por muito tempo gays passivos e gays ativos vem sendo enfiados em caixas estereotipadas. Mas esse era acabou! Ainda bem
Por Willians Glauber
Gays passivos. Gays ativos. Como são, onde vivem, o que fazem? Foi-se o tempo em que as gays passivas eram vistas como femininas e à la Bambi e as ativas como obrigatoriamente o suco da masculinidade masculina.
Claro, esse pensamento é completamente estereotipado e preconceituoso, mas foi assim que a sociedade me ensinou (e segue ensinando) a entender como é a “norma” do ser gay.
Ao longo dos anos eu fui destruindo as minhas crenças limitantes de achar que o homem ideal pra mim haveria de ser masculino, masculinizado e até mesmo que representasse uma série de características de hétero topzeira. Hoje posso dizer que essa fase ficou lá atrás.
Eu tinha aquele discurso de “não me atraio por homens femininos”, quando a grande verdade era o fato de que eu não me aceitava enquanto homem feminino. Logo, eu rechaçava aquilo que mais me refletia no outro.
Hoje eu aprecio homens femininos e muitos deles são, olha só: ATIVOS! Da mesma forma como há gays passivos completa e inteiramente masculinos, masculinizados.
Apesar de, hoje, eu achar essa mimetização de hétero top extremamente cafona e nada atraente, entendo que replicar esse modelo de “ser homem” é algo muito mais profundo do que simples gestos e comportamentos. A ciência literalmente explica isso, mas vou me aprofundar nesse tópico em outro texto aqui no blog.
No fim, talvez o desenvolvimento de uma consciência que acolha as inúmeras formas de “ser homem” possa nos levar para cada vez mais longe dos estereótipos heteronormativos que nos enfiaram goela abaixo.
Viva as gays passivas masculinas! Viva as gays ativas femininas! Viva as gays!
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