O Mundo Sombrio de Sabrina parte 2, a série original Netflix, chegou e conseguiu manter os fãs ainda mais empolgados e interessados na trama da jovem bruxinha. Mas é preciso ressaltar alguns pontos baixos e altos dessa nova temporada
Por Willians Glauber
Sabrina Spellman assinou o livro da Besta, como bem testemunhamos no último episódio da parte 1, e agora está pronta para usar todo seu potencial de bruxa.
Mas, além disso, a forte ligação com o Senhor das Trevas também deixou um sabor de quero mais da primeira temporada.
E, não à toa, os motes de O Mundo Sombrio de Sabrina Parte 2 são justamente esses dois pontos: como Sabrina Spellman lida com seu lado negro e que diacho de ligação tão intensa é essa que ela tem com o Senhor das Trevas.
SEM SPOILERS
Pontos altos
1. Mais magia
Na primeira temporada toda a mitologia por trás do universo de Sabrina foi apresenta aos espectadores.
E por isso mesmo, queríamos ver a personagem usando mais magia nessa nova leva de episódios. Isso acontece!
A temporada tem muito mais magia e feitiços do que a primeira, definitivamente.
Sabrina Spellman começa a descobrir seu potencial como bruxa.
2. Coadjuvantes mais ativos
Tanto os amigos mortais de Sabrina quanto seus colegas da Academia de Artes Ocultas ganharam mais importância e suas tramas mais complexidade.
O que é ótimo, porque assim a própria trama da protagonista fica mais rica, à medida que ela vai se relacionando com eles e todo o contexto da vida de cada um impacta na dela também.
Na parte 2 de O Mundo Sombro de Sabrina a gente vê uma maior participação mais ativa de Ros, Ambrose, Harvey, Nicholas, Susie.
3. Zelda & Hilda
As tias de Sabrina estão com tramas mais individuais e conseguem se desenvolver não só enquanto tias da protagonista, mas também como mulheres e bruxas.
4. Empoderamento feminino
Junto com um contexto próprio para as tias, a série ganhou muita força no discurso feminista, de equidade para as mulheres.
Desde a primeira temporada, Sabrina se dá conta de que o universo bruxo é ainda mais machista e misógino do que o mortal. A partir disso ela se vê querendo brigar para dar às bruxas seu lugar de merecimento.
A Parte 2 de O Mundo Sombrio de Sabrina leva isso muito a sério e aborda o discurso feminista em diversos momentos da trama.
Pontos baixos
1. Teoria e prática
Apesar de os personagens usarem mais magia, faltou muito a questão do aprendizado, de vermos a Sabrina treinando os feitiços, errando, aprendendo de verdade a expandir suas habilidades de bruxa.
Não queremos só ver o resultado, queremos ver o processo também,ainda mais agora que abraçou seu lado de trevas.
2. Agora não!
Algumas tramas ficaram muito grandes para uma segunda temporada. Os roteiristas poderiam ter segurando parte do que vimos na Parte 2 para as Partes 3 e 4, que facilmente seriam mais oportunas depois que Sabrina já estivesse mais madura magicamente falando.
Faltou muito a parte de treinamento da protagonista em relação ao uso dos feitiços e do conhecimento bruxo que agora ela pode adquirir tendo aderido ao seu lado mais trevoso. A mesma lógica serve para a Ros e seu dom de visões.
COM SPOILERS
Continue por sua conta e risco, hein!!!!
Pontos altos
1. Shipamos
O romance que se desenrola entre a Sabrina e o Nicholas é muito fofo e bonito de se ver.
A maneira como os roteiristas encontraram de eles se apaixonarem aos poucos, descobrindo camadas da vida um do outro.
O Nic mesmo se mostrou super vulnerável e com um contexto bem interessante.
A questão de confiança entre os dois foi bem estabelecida e a surpresa de ele ser um “pau mandado” do Senhor das Trevas foi de cortar o coração. Mas o final do galanteador não poderia ter sido melhor.
2. E agora?
Sabrina descobrir que na verdade é filha do Senhor das Trevas abre um viés totalmente novo para a trama da série. Isso porque diversas perguntas foram levantadas:
Será que Eduard Spellman realmente usou Sabrina como uam cobaia para suas teorias de união dos mundos bruxo e mortal?
O que pode vir à tona desse lado demoníaco que Sabrina carrega consigo? Ela vai conseguir equilibrar ambos? Embora ainda se mantenham tias de Sabrina, a protagonista não carrega sangue dos Spellman na veia. E agora?
3. Uma Hilda que não conhecíamos
A tia mais fofurínea de Sabrina mostrou que pode sim ser uma bruxa bad ass.
O fato de ela ter enfrentado a inimiga de Zelda, e estado à frente da organização dos momentos pós-invasão na Academia, provam que ela pode ser mais importante do que imaginávamos para a trama.
4. Delicadeza sem superficialidade
A maneira como a série conseguiu abordar a questão transgênera e de sexualidade não-binária foi simples e normalizou a discussão, inserindo o/a personagem Susie/Theo em situações que trazem a discussão à tona.
E o fato de os amigos o aceitarem como ele é trouxe leveza e não tratou isso como algo polêmico ou que merecesse uma atenção indevida.
Pontos baixos
1. Mas, já?
Poxa, eles poderiam ter segurado o fato de Sabrina ser filha do Demônio. Foi sim impactante ao descobrirmos, mas ao mesmo tempo colocou a protagonista em um pedestal que não foi “merecido”, digamos assim.
Talvez se ela tivesse descoberto isso sabendo melhor como usar seus poderes e os artefatos e livros mágicos, a descoberta tivesse se desenrolado de uma maneira mais complexa, com ela realmente se esforçando para encontrar uma maneira de derrotar o Lorde das Trevas.
2. Nada de triângulo
Pois é, os trailers lançados e até as imagens promocionais deram a entender que rolaria um lance de trisal entre Sabrina, Nicholas e Harney. E não foi nada disso!
Talvez eles tenham usado isso para “vender” a temporada sem dar muitos spoilers sobre o que ela realmente seria, mas de certa maneira deu uma enganadinha nos fãs.
3. E a bruxaria, cadê?!
Em diversos momentos as cenas frustram quem assiste.
Porque algumas situações de perigo poderiam facilmente ser evitadas ou terminadas com um simples feitiço, como por exemplo a perseguição dos anjos e a invasão deles na Academia.
Poxa, um monte de bruxas e bruxos ali, aprendendo feitiços e eles não pensaram em agir juntos para combater a ameaça?
Outra coisa bem frustrante também foi o fato de tanto a Sabrina quanto a Hilda estarem sendo perseguidas e não usarem magia pra atacar os caçadores de bruxas.
Ao invés de usar um feitiço, Hilda coloca o namorado lobisomem para atacar a invasora. Sabrina, em vez de usar feitiços para atacar o invasor de sua casa, prefere trancar a porta e sair correndo de bicicleta. Oi? NÃO! ISSO FOI INACEITÁVEL!
4. Superpoderosa
Outro aspecto que me incomodou também foi a figura de Messias que a Sabrina acabou ganhando.
Ela experimentou uma magia que talvez nunca tivesse acesso de outra maneira, eu entendo o porquê.
É compreensível pelo fato de termos que saber o potencial de alguém que seja filho do Demo em pessoa.
Mas aspectos do lado bruxo da Sabrina poderiam ter sido melhor explorados. A vivência dela na Academia de Artes Ocultas, os estudos, tudo isso poderia ter sido expandido na segunda temporada.
No elenco de O Mundo Sombrio de Sabrina estão Kiernan Shipka, como Sabrina Spellman; Ross Lynch, como Harvey Kinkle; Lucy Davis, como Hilda Spellman; Chance Perdomo, como Ambrose Spellman; Miranda Otto, como Zelda Spellman; Michelle Gomez, como Mary Wardwell; Jaz Sinclair, como Rosalind Walker; Tati Gabrielle, como Prudence; Adeline Rudolph, como Agatha; Richard Coyle, como Padre Faustus Blackwood; Abigail F. Cowen, como Dorcas; Lachlan Watson, como Susie Putnam; Darren Mann, como Luke; Ty Wood, como Billy Marlin; Gavin Leatherwood, como Nicholas Scratch; Justin Dobies, como Tommy Kinkle;
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