Rebecca estreou recentemente na Netflix, mas há que não saiba que o filme não só éum remake, como também a adaptação de um livro. Ah, este por sinal, envolto em uma certa polêmica envolvendo autor brasileiro!
Por Karla Kélvia
Rebecca é um livro surpreendente e que é considerado um romance gótico.
E a complementação que o título dos filmes que saíram aqui no Brasil têm ( a versão de 1940 e a de 2020) é “a mulher inesquecível”, e, realmente, Rebecca morreu mas sua presença é forte e perturbadora durante toda a trama.
Na obra de Daphne du Maurier, uma jovem, cujo nome não é revelado em momento algum, está em Monte Carlo como dama de companhia de uma mulher rica e desagradável.
Lá, um dia, ela conhece o enigmático Maximilliam De Winter, que ficara viúvo da lendária Rebecca alguns meses antes.
Ele se encanta pela jovem e então se casam e ele a leva para sua mansão, uma propriedade centenária e imponente chamada Manderlay, na Inglaterra.
A nova Mrs. De Winter sabe que é muito jovem e de origem simples, que terá muitos desafios pela frente, mas nada a preparara para enfrentar Mrs. Danvers, a governanta de Manderley que tem verdadeira adoração por sua antiga patroa e que vai transformar a vida da jovem mulher de Maxim num inferno.
São do embate entre as duas os melhores momentos do livro; a tensão e até a perca da sanidade mental da protagonista são bem narradas. Mesmo ficando um pouco cansativo aqui e ali,a virada do meio para o fim é incrível!
Eu assisti à versão de 1940, que ganhou o Oscar de melhor filme de 1941, dirigido por Alfred Hitchcock. Esta versão segue mais o livro, adorei a atuação da Joan Fontaine, porém há uma mudança muito importante de um detalhe no final.
A versão de 2020, produzida pela Netflix, também me agradou muito, pois adoro a Lily James, que vive a jovem Mrs. De Winter. A cenografia e os figurinos são simplesmente lindos, e, apesar de mudar alguns detalhes do livro, permanece fiel à parte que realmente importa na história.
Para encerrar, um babado fortíssimo: é muito forte no meio literário que Rebecca teria sido um plágio inglês do livro da escritora brasileira Carolina Nabuco, A Sucessora, e em 1941, inclusive, isso foi tema de um artigo no New York Times.
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