O Exorcismo do Papa é um filme que surpreendeu não só os fãs de terror, como também os próprios produtores pelo sucesso que fez nas bilheterias
Por Julianne Lima*
O filme O Exorcismo do Papa é inspirado na história real do carismático padre Gabrielle Amorth que morreu em 2016 aos 91 anos.
Ele se tornou o exorcista-chefe do Vaticano e realizou milhares de exorcismos. Atuou por três décadas na função, de 1986 a 2016, e escreveu vários livros de memórias sobre suas experiências. No filme ele é vivido por ninguém menos que Russel Crowe.
Com quase duas horas de duração, O Exorcismo do Papa tem um início ágil, entregando já na abertura uma cena de exorcismo, o que prende a atenção do público.
O longa acerta em criar uma ambientação bem atrativa para o gênero, aliando pouca luz a ambientes quase claustrofóbicos. O filme abusa dos clichês dos filmes de exorcismos, mas não perde nada em qualidade, usa tudo muito a favor da história.
A história prende, o suspense causa tensão e Russel Crowe lidera o elenco se mostrando bem à vontade no primeiro terror da longa carreira. Mas o destaque mesmo fica para o ator mirim Peter DeSouza-Feighoney, que entregou uma performance horripilante.
Os diálogos entre o personagem principal Amorth e os integrantes do Vaticano são bem-escritos, há reflexões sobre a existência do bem e do mal, sobre o papel da igreja no mundo ao mesmo tempo que evidencia as inseguranças dos religiosos, fazendo deles tão humanos quanto qualquer um.
Sinopse: Gabriele Amorth, Exorcista Chefe do Vaticano, é designado para investigar a possessão de um jovem garoto que foi possuído em solo sagrado. Essa possessão é responsável por revelar uma conspiração.