Warrior Nun da Netflix é repleta dos clichês de séries do gênero, mas consegue levar seus personagens a jornadas próprias, que se amarram com motivações comuns a todas
Por Willians Glauber
A série Warrior Nun, original Netflix, é baseada em uma graphic novel um tanto clássica na vertente mais cult do gênero. A história da HQ é de Ben Dunn.
O showrunner por trás da produção da Neflix é Simon Barry, mesmo nome responsável por séries como Ghost Wars, Van Helsing e Continuum.
Na história, um grupo secreto de freiras altamente treinadas para combater forças do mal (leia demônios, muitos demônios) se vê diante de um impasse do destino e a partir disso terão que lidar com a novidade: uma menina qualquer passa a carregar o item mais poderoso entre elas.
JORNADA
O seriado, apesar de pisar um pouco no freio quanto ao desenrolar da trama ao longo dos primeiros episódios, consegue construir uma história com fôlego para durar pelo menos mais uma temporada. O fim da primeira leva de 10 episódios, inclusive, deixa aberta a margem para o segundo ano da série.
A protagonista percorre uma jornada de autodescoberta e busca por propósito, algo que em devidas proporções também se torna objetivo das outras personagens.
CADÊ O EMPODERAMENTO FEMININO?
Apesar da maneira bastante feminista e empoderadora de incluir as mulheres no enredo principal, ainda que as freiras estejam na linha de frente do combate ao mal, a igreja machista e patriarcal é quem dá as ordens.
O alto clero da Igreja católica comanda a legião de freiras guerreiras, algo que possivelmente será desconstruído a partir dos episódios de uma possível segunda temporada.
O roteiro parece deixar clara a intenção de mostrar como o entorno das guerreiras é sufocante e opressor, fazendo com que o espectador e as próprias personagens queiram uma brecha para que fujam daquele cenário e criem um caminho independente.
POSSIBILIDADES…
Isso é exatamente o que se espera da continuação da história, visto que a trama ficaria muito repetitiva e amarrada demais se voltasse a recorrer à mesma fórmula utilizada nessa primeira leva de episódios.
O potencial da série é relativamente grande, visto que a mitologia em torno das freiras guerreiras tem conteúdo suficiente para se expandir em diferentes vertentes.
Ter edições de graphic novel como fonte de inspiração, aliada à criatividade dos roteiristas, pode significar bons destinos às personagens, bem como uma maior complexidade das motivações de cada uma delas.
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