Mais streamings, por favor! Por que a variedade é ótima para todos os envolvidos? | Editorial PodPOP #3

Quibi, Crackle, Starzplay, Globoplay, À La Carte (streaming com filmes clássicos e independentes, do cinema de rua Belas Artes, aqui de São Paulo), Peacock, Apple TV+, Hulu, Disney+, Amazon Prime Video, Netflix, HBOMax, CBS All Access.

A quantidade de plataformas de streamings disponibilizando filmes e séries originais, além de produções de outras produtoras/estúdios só aumenta. Mas a pergunta que fica: essa movimentação do mercado é boa ou ruim? Se é um outro, quem se beneficia ou não?

Por Willians Glauber

A Netflix hoje abocanha 19% de todo o mercado global digital de streamings. Só em 2019, de acordo com o Theme Report, a gigante computou 863,9 milhões de assinantes no mundo inteiro.

Considerando que cada assinante paga um valor fico mensal, dá pra se ter ideia da quantidade de lucro que a empresa tem todos os anos.

Por isso mesmo não é surpresa que estejamos vivendo o auge da era das plataformas de streaming.

O CENÁRIO GERAL
Quibi, Crackle, Starzplay, Globoplay, À La Carte (streaming com filmes clássicos e independentes, do cinema de rua Belas Artes, aqui de São Paulo), Peacock, Apple TV+, Hulu, Disney+, Amazon Prime Video, Netflix, HBOMax, CBS All Access.

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Esses são só alguns, sim, eu disse alguns, serviços de streamings que aliam a transmissão de produções feitas por estúdios e produtoras, com a produção de séries e filmes originais para um público cada vez mais exigente.

E se a quantidade de plataformas de streamings é crescente, a consequência disso é uma quase infinidade de produções originais para que espectadores tenham mais e mais opções do que ver para se entreter.

E já adianto: não, você não vai ter tempo de vida pra conseguir acompanhar TODAS as produções desses canais. Logo…

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Se essa é a verdade irrefutável, por que então empresas se empenham todos os anos para produzir essa quase infinidade de séries e filmes originais, além de outras ainda cogitarem lançar novas plataformas de streaming? 

Porque dá dinheiro. Essa é a resposta mais curta e objetiva possível. Mas, como aqui gostamos das respostas mais longas e complexas, os motivos e as consequências disso são muitos.

Afinal, vale mesmo a pena lançar um novo serviço de streaming diante de um mercado assustadoramente mais competitivo a cada ano? 

Comercialmente a iniciativa se torna viável sim, mas a longo prazo, já que os assinantes custeiam o negócio em si.

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Para que o lucro chegue, o número de assinantes precisa ser muito alto, até para justificar o investimento em dezenas de produções originais todos os anos.

E para sustentar esse ganho em longo prazo, sem garantir um completo fracasso, os esforços se mantêm sempre em produzir, produzir e produzir conteúdo de cada vez mais qualidade.

Só assim é possível gerar buzz e vontade suficientes para atrair os espectadores assinantes.

ECONOMIA BASEADA EM CONTEÚDO


É nesse ponto que temos algo muito importante do ponto de vista analítico do entretenimento:  estamos rumando para um fortalecimento de uma economia criativa audiovisual sólida.

Aos poucos, desenha-se um cenário onde o conteúdo é a porta de entrada, a galinha dos ovos de ouro, o produto principal.

Afinal, os modelos de negócio dessas plataformas de streaming se pautam justamente na qualidade e na quantidade de produções para chamar a atenção de possíveis assinantes.

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Portanto, a luta por audiência agora não é mais para alimentar um mercado publicitário anunciante.

Mas sim para suprir as demandas de conteúdo de grupos de assinantes que precisam se ver contentes com as produções disponibilizadas para eles.

Recebendo assim argumentos, em forma de séries e filmes originais, que justifiquem a manutenção da assinatura.

OS NICHOS E OS LUCROS
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Diante desse cenário todo e sabendo que a equação tempo para consumir tudo o que é lançado, versus a quantidade daquilo que é lançado, temos um resultado lógico nas mãos.

Os assinantes optarão por aqueles serviços de streamings que melhor atendem as demandas deles.

O que significa que o cinéfilo de clássicos e produções independentes vai priorizar a mensalidade do serviço de streaming À La Carte e dispensar a assinatura de uma Netflix, por exemplo.

Isso fará com que os streamings busquem nichos de mercado dentro dos catálogos de séries e filmes, como a Netflix já faz hoje no que diz respeito à sua leva de produções adolescentes.

O investimento em filmes e séries que conversam com a geração Z é exorbitantemente mais elevado do que aquele feito em produções voltadas para os boomers ou os millenials.

A gigante dos streamings é o melhor exemplo da necessidade que tais serviços de streaming terão em segmentar quais categorias de produções originais são mais apelativas ao público-alvo determinado para eles.

Algo assim só vai ao encontro de uma tendência de mercado que vem se estabelecendo como o novo normal, principalmente quando se trata de produção de conteúdo.

Com um público cada vez mais segmentado, dividido entre diferentes plataformas e formatos, nichar o que se produz é uma questão de sobrevivência num mercado de entretenimento cruelmente competitivo.

A QUANTIDADE LEVA À QUALIDADE
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E esse mesmo público se tornou não só nichado, como também muito, muito exigente.

Hoje, mais do que em qualquer outro momento da História, temos centenas de produções para ver e por consequência comparar. 

Histórias capengas, com personagens mal desenvolvidos, sem uma narrativa que prenda o espectador ou com motivações frouxas tendem a ter vida curta.

A parte técnica também vem sendo a cada dia levada mais em consideração, o que reflete no aumento do investimento em pessoal, equipamentos e locações que primem pela alta qualidade. 

E eis aqui outro aspecto importante favorecido pela variedade de opções de streaming: os decisores por trás das aprovações e renovações de novas produções precisarão ter cada vez mais olhar visionário, de vanguarda, que anteveja o que o público quer e como quer.

A qualidade de uma série ou filme se tornará o principal pré-requisito para que ganhe vida nas telinhas.

As armas na guerra dos streamings serão a capacidade de as histórias contadas se conectarem com o público por diferentes motivos, combinando narrativa e execução bem-feitas.

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A alta performance técnica, artística, narrativa e de interpretações dos atores; A sensibilidade da direção, a criatividade dos roteiristas, os riscos tomados por figurinistas e cenógrafos; A sagacidade de produtores e responsáveis por locações: absolutamente tudo vai se tornar peça-chave para a entrega de produções de qualidade.

Palavra essa que por sinal ganhou muitas camadas diante de tanta oferta.  

TODO GANHAM
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O impacto positivo se dá não só para os espectadores assinantes, como também para quem está nos bastidores criativos, uma vez que a presença internacional de muitos dos streamings acaba trilhando um caminho de produções originais locais.

Algo que já aconteceu com a Netflix, Amazon Prime Video e tende a se tornar recorrente, diante do tamanho do mercado brasileiro e da fidelidade desse público com as produções que entram na lista de prediletos dele.

Roteiristas, produtores, atores, diretores e todo o pessoal que compõe a engenharia para que uma produção audiovisual saia do papel ganha fôlego e mais espaço em um mercado que, falando exclusivamente de Brasil, é tão carente de oportunidades e necessita de impulsionamentos.

Além disso, justamente para que as chances de lucro se multipliquem, viabilizar a produção de conteúdo local agrega uma estratégia de expansão de negócios bastante agressiva, apelando para a representatividade das audiências regionais.

LEIA NOSSA MATÉRIA SOBRE AS PRODUÇÕES DO HBO MAX.

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