Marvel Spotlight: a minissérie Eco vai inaugurar uma nova forma de colocar as produções do MCU no mundo

Por Willians Glauber

Antes de irmos diretamente para o assunto, vou compartilhar uma frustração pessoal e com isso contextualizar o ponto que quero reforçar com este texto.

Eu acompanho o MCU desde Homem de Ferro, sou marvete de carteirinha e guerreiro, já vi todas as produções do Marvel Studios até hoje. Bem, todas menos uma e é a partir disso que quero puxar o fio desse novelo.

Quando eu estava indo ao cinema para ver Guardiões da Galáxia 3 me dei conta de que havia enrolado tanto para ver o especial de Natal dos Guardiões que simplesmente esqueci de ver. Quando sentei na cadeira para assistir ao terceiro filme da trilogia, me dei conta de que havia errado rude! Afinal o filme era uma continuidade direta daquele bendito especial.

Fiquei extremamente frustrado e até me senti culpado, pois fiquei sem entender o contexto de tudo aquilo que passou a se desenrolar na tela logo de início. E se eu, que literalmente deixei de ver uma única produção me senti assim, imagine quem há muito desistiu de fazer tanta lição de casa e acabou deixando o MCU no meio do caminho.

O Marvel Studios sabe muito bem disso e vai tentar, frisemos esse “tentar”, fazer com que fãs de Marvel (novos e antigos) não precisem consumir tanta coisa do estúdio para entender as novas produções lançadas daqui em diante.

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Marvel Spotlight
Quando a minissérie Eco do Marvel Studios estrear ela vai trazer consigo algumas mudanças no modus operandi do estúdio lançar produções para a TV (talvez futuramente até nos cinemas?).

Não só todos os episódios serão lançados de uma única vez, algo inédito nas produções para TV da Marvel, como eles terão uma tela inicial diferente… Uma nova música-tema e um novo logo diferentes do que já estamos acostumados vão demarcar essa produção antes de as primeiras cenas aparecerem na tela. Curiosidade aqui: essa nova composição está sob a batuta de um compositor oscarizado, Michael Giacchino.

A ideia é lançar junto com a nova empreitada uma espécie de selo, chamado Marvel Spotlight. Em resumo, a ideia é que toda produção sob essa nova “categoria” tenha menos vínculo com tudo o que acontece no MCU.

A ideia é que todas as produções lançado sob esse selo foquem mais no desenvolvimento do personagem e nas consequências mais próximas a ele, sem levar em consideração a continuidade do que está acontecendo no MCU ou que tenham proporções épicas, planetárias, na galáxia… Aqui importa menos a continuidade e mais a história isolada!

O que não é de todo má ideia, afinal muitas histórias tiveram sua qualidade sacrificadas em prol de criar essa interconexão que passou a ser profunda e complexa dentro do MCU.

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Ainda dá tempo?
Mas será que isso é realmente possível a essa altura? Logo no trailer de Eco vemos rostos conhecidos: Matt Murdock, também conhecido como o nosso maravilhoso Demolidor, além do Rei do Crime, personagens esses que literalmente fizeram parte da primeira série da Marvel quando ela ainda tinha parceria com a Netflix. Tendo inclusive uma referência direta à série.

Além do fato de que a protagonista de Eco apareceu pela primeira vez na minissérie Gavião  Arqueiro.

Usando apenas essas informações como norte, é possível cravar que o universo interconectado cinematográfico da Marvel não tem mais como ser dissociado de nada que venha a partir de agora. Quem ficou pelo meio do caminho ficou, quem ainda quiser acompanhar da forma como se deve vai precisar correr atrás do tempo perdido.

Marvel Studios e a saturação da fórmula

Um meio termo
Talvez a experiência do público seja menos frustrante e exigente quanto às produções sob o selo Marvel Spotlight, mas ainda assim ela nunca será completa. Sempre faltará alguma referência, algum contexto, por mais que os roteiristas se esforcem para desvincular os novos projetos de todos os acontecimentos no MCU.

A única solução possível seria utilizar o selo Marvel Spotlight para estabelecer um universo paralelo, onde os heróis não se conectam e estão apartados do que já temos no MCU.

Com informações de Hollywood Reporter, Entertainment Weekly, Deadline, Collider, IGN.

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