Jovens Bruxas é um clássico de filmes de bruxas e continua uma ótima produção do gênero, mas talvez ele tenha que ser visto com outros olhos atualmente. Vamos te contar os porquês
Por Maricota
Os anos 90 proporcionou uma leva intensa de filmes de fantasia, terror e o meu gênero favorito: magia e bruxaria.
Abracadabra, Convenção das Bruxas, Elvira: Rainha das Trevas, Magia a Sedução e, claro, o filme que escolhi para iniciar minha Maratona Bruxas Anos 90: Jovens Bruxas.
Jovens Bruxas, do diretor Andre Fleming, representou a geração gótica, não muito explorada no mainstream. Além disso, levantou a curiosidade de diversos jovens, que passaram a se interessar pelo paganismo e a bruxaria, entre elas a religião wicca.
Assistir a um filme desta época é um exercício complicado, afinal certos aspectos envelhecem mal, passando despercebidos, seja por causa da idade que tínhamos quando foi lançado ou pela falta de percepção da problemática existente no mundo além de sua bolha.
Jovens Bruxas mostra que não existe magia boa ou ruim e sim, as escolhas da pessoa que a manipula. E esse é o grande ponto do cultuado filme adolescente.
Nancy (Fairuza Balk), Bonnie (Neve Campbell) e Rochelle (Rachel True), estudantes de um colégio católico, já ganhavam fama de bruxas devido ao estilo de suas roupas e o comportamento que faziam questão de adotar, principalmente Nancy, a mais rebelde.
A chegada da novata Sarah (Robin Tunney) possibilita que o trio se transforme num quarteto, o que tornaria seus rituais muito mais funcionais, principalmente considerando o quarteto dos elementos e os pontos cardeais.
Ambiciosas e sedentas por poder, as garotas passam a explorar cada vez mais os limites da magia, venerando Manon, criador do universo e patrono da bruxaria.
O único problema é que o que começa como uma tentativa de punir as injustiças e dificuldades que enfrentam no cotidiano, se transforma numa espiral de descontrole, mortes e, como elas mesmo dizem, resultado que volta para elas três vezes mais potente.
Jovens Bruxas também mostra a problemática representação negra no cinema, desde os ataques racistas que Rochelle recebe de uma das garotas da escola até micro agressões de suas melhores amigas.
O filme continua sendo um clássico do gênero, mas vale a reflexão, principalmente se assisti-lo atualmente.
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