Hush A Morte Ouve usa e abusa de uma situação já bastante conhecida dos filmes de terror: alguém, se isola para ter mais produtividade e, bom, tudo dá errado!
Por Maricota
Como o próprio slogan diz, o silêncio pode ser fatal. E no caso de Maddie, isso se provará verdadeiro.
Aos 13 anos, contraria meningite bacteriana, o que veio a afetar sua audição e fala. Complicações cirúrgicas levaram a perda total de ambas, obrigando-a se adaptar em sua nova realidade.
Enquanto trabalha no rascunho final de seu novo livro, Maddie aproveita o isolamento total da região para tentar se concentrar em sua escrita, afinal precisa escolher um dos sete finais que escreveu. Maddie aplicaria 100% as normas de distanciamento social em tempos de pandemia.
Eis então que precisará se preparar para a agonizante perseguição que a espera. Deverá se agarrar nos seus outros sentidos caso queira sobreviver ao misterioso homem mascarado que cerca sua casa.
Ambientada numa casa repleto de janelas, Maddie, agora sem energia, conta apenas com seus olhos, sua mente criativa e os finais que criará para sua realidade.
Hush é curto, porém consegue prendê-lo na ponta da cadeira devido a sua crescente tensão e expectativa.
Potencializando o talento de Siegel, que além de aprender linguagem de sinais, usou todos os recursos físicos possíveis para favorecer a construção da personagem.
John Gallagher Jr. (Rua Cloverfield, 10) compõe o outro lado da equação, possibilitando, mesmo que a distância, o sádico e torturante papel do predador em busca da presa.
Hush: A Morte Ouve marca mais uma colaboração entre Kate Siegel e Mike Flanagan.
Dirigido por Flanagan e coescrito pelos dois, a dupla acabou se casando em 2016. Siegel também fez parte do elenco de Oculus, Jogo Perigoso, adaptado da obra de Stephen King e mais recentemente, na excelente saga de horror da Netflix, Maldição da Residência Hill e Maldição da Mansão Bly.
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